Guilherme Gontijo Flores
A mulher ventriloquada: o limite da linguagem em Arquíloco
SINOPSE
Guilherme Gontijo Flores percorre um campo de questões importantes para o exercício contemporâneo da tradução, que envolvem a relação entre ética da tradução e fascínio estético. Ao expor processos e impasses tradutórios oferece um interessante exemplo de autoquestionamento produzido no contato com a crítica feminista. Questiona posições de leitura herdadas e delimitadas pelos estudos de literatura greco-latina, em que a tradução tem papel crucial e estruturante. Escrevendo a partir da instabilidade do seu próprio olhar sobre a poesia de Arquíloco, revela gesto violento que também a conforma. O resultado toca os limites éticos do trabalho de tradução mas também cria condições para a compreensão da lírica grega como matéria atual.