Bernardo Brayner
Nunca vi as margens do rio Ybbs
SINOPSE
Bernardo Brayner assume aqui o movimento do ensaio como um passeio retrospectivo pela biblioteca de sua infância. Mostra que a relação com os livros é feita do contato estranhamente íntimo com o imaginário que os habita e, no seu caso específico, com as sombras dançantes de um leste europeu nem anterior nem exterior ao fantasma chamado literatura.
TRECHO DO LIVRO
“Quando meus pais eram vivos sempre esperávamos uma visita que nunca chegava. Eu e meus irmãos. Tínhamos que estar de banho tomado, roupas limpas, cabelo penteado de lado. Alguém, nunca soubemos quem, podia chegar a qualquer momento em nossa casa. Os móveis precisavam estar impecáveis. Os brinquedos, trancados em um quartinho. Minha mãe forrava a cama enquanto eu ainda estava dormindo. Naquela época eu ainda não sabia, mas no meu caso a visita eram os livros. Essa é a minha love story, como diria Haňt’a. Haňt’a, o personagem de Bohumil Hrabal em Uma solidão ruidosa.
Hrabal empenhou-se em sondar dois grandes terrenos em geografias distintas de Praga. Hašek nas tabernas e nas cervejarias. Kafka nos castelos, nos bairros intricados. Eu, agora, me empenho em sondar a geografia desse meu amor pelos livros do leste europeu. Para isso vou até minha biblioteca. (…)“
Ficha Catalográfica
Coleção: Pequena Biblioteca de Ensaios
Coordenação editorial: Laura Erber e Karl Erik Schøllhammer
Edição: Laura Erber
Revisão de texto: Denise Gutierres Pessoa
Design Gráfico: Maria Cristaldi
Publicação: 2017
ISBN: 978879353012-6
Especificações Técnicas
Arquivo: Portable Document Format (PDF)
Formato: 210 x 297 mm (A4)
Páginas: 16
Tamanho: 379 KB