Corpos hipersensíveis: para além da diferença dos sexos

Tradução de Ana Kiffer

Neste ensaio inédito, Evelyne Grossman analisa as oscilações do corpo hipersensível a partir da escrita de Marguerite Duras, Roland Barthes e Gilles Deleuze.

“Alguns corpos vibram ao menor contato. Percebem com extrema acuidade excitações externas as mais delicadas, toquem elas olhos, orelhas, pele ou qualquer outro órgão sensorial. Fala-se de hipersensibilidade ou de hiperestesia desde que a capacidade sensorial exacerbada, como acontece com alguns autistas, ameaça a todo momento transbordar um sujeito incapaz de travar as intrusões exteriores percebidas como muito excitantes ou dolorosas. Nesses indivíduos, cada sensação ressentida corre o risco a todo instante de transformar-se em dor aguda.”

– Evelyne Grossman

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