Sabeth Buchmann
Produção compartilhada
Tradução de Gabriela Baptista
SINOPSE
Este ensaio de Sabeth Buchmann lança luz sobre questões atuais com as quais se defrontam as formas artísticas interessadas em expor a dimensão laboriosa da sua própria produção, suscitando reflexões sobre trabalho material, imaterial, hierarquia, colaboração, aprendizado e autonomia.
TRECHO DO LIVRO
“Este ensaio foi escrito em 2016 no contexto de um evento realizado por mim, em parceria com o artista Constanze Ruhm e a curadora Ilse Lafer, em Montreal e Viena, sob o título Practices of Rehearsal in Fine Art, Theater, Film, Theory, and Politics. Posteriormente integrou a série de publicações (Schriftenreihe) da Academia de Belas Artes de Viena e distribuído pela Sternheim Press. Nossa proposta era examinar práticas de ensaio como um processo simultaneamente performativo, experimental, que envolve também uma dimensão crítica das instituições. O ensaio (rehearsal) interessa aqui na medida em que torna visível a tensão entre modelos contemporâneos de criatividade com a lógica neoliberal, de auto-optimização, avaliação e quantificação. Este texto busca assim aprofundar a reflexão sobre o modo como as formas artísticas lidam com essa questão e suas ambivalências, considerando a sua dimensão auto-reflexiva e as pressões de produção que vigoram e determinam o estatuto da arte dentro da divisão social do trabalho.”